Por Onde Começar? – Britpop

O som que definiu uma geração britânica

Nos anos 1990, o Reino Unido viu surgir uma reação ao grunge americano e à melancolia da música alternativa, resgatando o orgulho pela cultura pop britânica. Bandas como Oasis, Blur, Pulp e The Verve tornaram‑se ícones mundiais ao combinar rock, pop e referências à tradição musical britânica, moldando a década e influenciando gerações seguintes. A seguir, cinco álbuns essenciais para começar a gostar de Britpop

“Definitely Maybe” – Oasis (1994)

Álbum de estreia do Oasis, Definitely Maybe capturou a energia juvenil de Manchester com riffs explosivos e hinos de rebeldia. Singles como “Live Forever” estabeleceram a banda como referência: Noel Gallagher escreveu a canção para contrastar o pessimismo do grunge, defendendo a alegria de viver; a faixa foi o primeiro single do Oasis a entrar no top 10 britânico e alcançou certificação triplo‑platinada. O álbum recebeu aclamação unânime e é considerado um dos pilares do Britpop, pavimentando a rivalidade com Blur e lançando os irmãos Gallagher ao estrelato.

“Parklife” – Blur (1994)

Com Parklife, o Blur abandonou o Madchester e o grunge para retratar, com ironia, a classe média britânica. A faixa‑título e “Girls & Boys” misturam art‑punk, pop e críticas à cultura do consumo, tornando o disco um touchstone da década. O álbum foi um sucesso comercial, estreando no topo das paradas britânicas, e rendeu quatro prêmios no Brit Awards de 1995. Considerado o magnum opus da banda, Parklife é celebrado por sua influência duradoura no rock britânico.

“(What’s the Story) Morning Glory?” – Oasis (1995)

O segundo disco do Oasis elevou o Britpop ao mainstream mundial. Morning Glory vendeu mais de 20 milhões de cópias, tornando‑se o álbum mais vendido da década no Reino Unido e quádrupla platina nos EUA. Sucessos como “Wonderwall” e “Don’t Look Back in Anger” transformaram a banda em fenômeno global e “mudaram as regras” da música britânica. Com esse álbum, Oasis deixou de ser um nome do indie para ocupar estádios e quebrar recordes de audiência, consolidando o Britpop no imaginário global.

“Urban Hymns” – The Verve (1997)

Lançado no fim da onda Britpop, Urban Hymns trouxe uma sonoridade mais introspectiva e épica. A balada “Bitter Sweet Symphony” – construída sobre um sample dos Rolling Stones – virou hino geracional, recebeu indicação ao Grammy e figura na lista das 500 maiores músicas de todos os tempos da Rolling Stone. O disco tornou‑se um dos mais vendidos da história do Reino Unido e é reverenciado como um “Britpop masterpiece”, elevando The Verve a um patamar mais maduro e melancólico.

“Different Class” – Pulp (1995)

Liderada por Jarvis Cocker, a Pulp lançou com Different Class um estudo mordaz da vida urbana. O hit “Common People” se tornou um retrato ácido das classes sociais britânicas e é lembrado como “talvez o maior single pop” da época. Aclamado como o melhor álbum de 1995 e “certificável masterpiece” da era Britpop, o disco superou as expectativas e continua soando fresco décadas depois. Singles como “Sorted for E’s & Wizz”, “Mis‑Shapes” e “Disco 2000” catapultaram a banda ao estrelato e demonstraram o poder narrativo de Cocker.