Belchior foi um dos compositores mais originais da música brasileira, conhecido por suas letras inteligentes, poéticas e muitas vezes melancólicas, que narram conflitos existenciais, sociais e amorosos. Com uma obra marcada pelo experimentalismo e pela reflexão sobre a vida moderna, ele se tornou referência da música popular brasileira e da contracultura nos anos 1970. A seguir, cinco canções que revelam sua genialidade.
Como Nosso País
Embora gravada por Belchior no álbum Alucinação (1976), a versão mais famosa e popular é de Elis Regina, lançada no álbum Falso Brilhante (1976). A interpretação de Elis deu nova dimensão à letra, combinando potência vocal e dramaticidade, consolidando a música como um marco da crítica social e reflexões sobre o Brasil.
Sujeito de Sorte
Do álbum Alucinação (1976), essa música ganhou nova vida quando foi sampleada por Emicida, trazendo o verso e a essência de Belchior para uma geração mais jovem e urbana. O diferencial da composição original está na poesia e na melodia que unem melancolia e esperança, enquanto o uso moderno mostra a força duradoura de sua obra.
Paralelas
Incluída no álbum Coração Selvagem (1977), “Paralelas” é uma canção introspectiva, marcada por versos que exploram dilemas pessoais e relacionamentos. O diferencial está na intensidade emocional e na forma como a música combina arranjo sofisticado com uma sensibilidade poética única.
Á Palo Seco
Gravada no álbum Alucinação (1976), essa música ganhou destaque e revitalização quando foi interpretada pelo Los Hermanos, trazendo a obra de Belchior a novos públicos e reafirmando sua relevância. O diferencial está na força da letra, na crítica social e na capacidade de se adaptar a novas sonoridades mantendo sua essência.
Coração Selvagem
Faixa-título do álbum Coração Selvagem (1977), essa música é uma das mais pessoais e introspectivas de Belchior. Com arranjo delicado e letra profunda, reflete sobre liberdade, amor e rebeldia, consolidando-se como uma das obras-primas do compositor.