O pianista e compositor Guilherme Veroneze, radicado em Juiz de Fora, lança Entremares, seu primeiro álbum cheio após uma trajetória marcada por singles e EPs que já lhe garantiram reconhecimento internacional. Inspirado nas paisagens de Minas Gerais, o disco parte da contemplação da natureza como fonte de paz e inspiração criativa, transportando para o piano a sensação de imensidão que os “mares de morros” da região despertam.
“Faz 19 anos que eu me mudei para Minas Gerais, saindo de São Paulo, e eu nunca me canso de admirar as paisagens naturais incríveis que existem por aqui. O título Entremares está relacionado com o relevo da região onde moro, de Juiz de Fora. É fácil se perder admirando as cadeias de montanhas que formam esse verdadeiro mar e que são fonte de paz e inspiração”, reflete o artista.
A sonoridade de Veroneze dialoga com referências como Philip Glass, Ludovico Einaudi e Yann Tiersen, trazendo composições instrumentais marcadas por um clima introspectivo e sereno. Suas músicas já integram mais de 30 mil playlists no mundo todo e são trilha para momentos de estudo, trabalho e meditação de ouvintes em diversos países. Em 2021, o EP Um tempo foi eleito Melhor Álbum Clássico do Ano pelo portal SoloPiano.com, consolidando sua projeção no cenário neoclássico.
Entremares é lançado pelo selo canadense Enjou, com apoio da Lei Paulo Gustavo, e reúne peças que transitam entre atmosferas etéreas e ritmos suaves. O primeiro single, Névoa, buscou inspiração na cadência da bruma mineira; já same river, another river reflete sobre as transformações inevitáveis da vida. A faixa-título ganhou um clipe gravado na Serra de Ibitipoca, a 1.400 metros de altitude, com Veroneze tocando piano durante o pôr do sol, em uma síntese visual da proposta do álbum.
Com este trabalho, Guilherme Veroneze reafirma seu lugar entre os nomes emergentes da música instrumental contemporânea, fazendo de Minas não apenas cenário, mas também matéria-prima para uma obra que une introspecção, paisagem e som em um convite à contemplação.