Eliana Pittman completa 80 anos com uma intensa agenda de projetos que reafirmam sua relevância para a música e a cultura brasileiras. A cantora, atriz e professora celebra oito décadas de vida com turnês, um novo álbum de jazz, um documentário inédito e a publicação de sua biografia oficial, consolidando ainda mais um legado marcado pela versatilidade e pelo reconhecimento internacional.
Dona de uma trajetória singular, Eliana iniciou a carreira em 1961, ao lado do padrasto e mentor Booker Pittman, interpretando standards de jazz e bossa nova em casas noturnas do Rio de Janeiro. De lá para cá, construiu uma história que atravessa fronteiras: fez apresentações em 35 países, lançou sucessos como “Das Duzentas pra Lá”, “Mistura de Carimbó”, “Vou Pular Neste Carnaval” e “Abandono” – esta última gravada originalmente por ela em 1974 e posteriormente regravada por Roberto Carlos.
Para comemorar os 80 anos, Eliana está na estrada com três espetáculos distintos: Eliana Pittman canta Jorge Aragão, inspirado no álbum Nem Lágrima Nem Dor; Do Samba ao Carimbó, que revisita a fase de ouro da artista nos anos 1970; e Pérolas Negras, ao lado de Alaíde Costa e Zezé Motta, celebrando compositores negros como Cartola, Gilberto Gil, Djavan e Milton Nascimento. Além disso, prepara o lançamento de um novo álbum de jazz no dia 20 de novembro, em que revisita clássicos que moldaram sua formação musical.
Outro destaque da agenda comemorativa é a biografia oficial, assinada pelo historiador Daniel Saraiva, que promete revelar detalhes inéditos da vida e da carreira da artista. Também está em andamento um documentário com registros raros, entrevistas e imagens históricas que contextualizam a trajetória de uma das maiores vozes da música brasileira.
“Chegar aos 80 anos com saúde, voz firme e tantos projetos é uma bênção. Sinto que estou colhendo os frutos de uma vida inteira dedicada à música”, afirmou a cantora.