O espetáculo Rita Lee — Uma Autobiografia Musical se tornou um dos maiores sucessos recentes do teatro brasileiro, visto por mais de 100 mil pessoas e com sessões esgotadas por onde passa. Mais do que uma montagem, a obra transformou-se em uma celebração coletiva da trajetória da Rainha do Rock, conduzida pela entrega intensa de Mel Lisboa. Aos 43 anos, a atriz conseguiu dar continuidade ao legado da cantora com um tributo que cresce e se reinventa a cada apresentação.
Mas a homenagem a Rita Lee não se limita ao palco. Depois da morte da artista, Mel Lisboa foi convidada a cantar em pocket shows dedicados ao repertório de Rita, um projeto que começou de forma modesta e acabou ganhando vida própria, com banda e público fiel. Essa expansão levou a atriz a abraçar de vez o papel de guardiã simbólica da obra da cantora, levando suas canções a novas plateias.
O próximo passo será ainda mais grandioso e simbólico: em fevereiro, Mel Lisboa vai desfilar no carnaval carioca, encarnando a Padroeira da Liberdade no desfile da Mocidade Independente de Padre Miguel. A escola homenageará Rita Lee na Marquês de Sapucaí, e a presença da atriz no enredo reforça a ponte entre sua atuação nos palcos e o universo popular do samba.
Assim, Mel Lisboa se torna peça central de um movimento que une teatro e carnaval na tarefa de manter viva a memória de Rita Lee. Se no musical ela revive a trajetória artística e pessoal da cantora com delicadeza e intensidade, na Sapucaí ela ajudará a projetar a irreverência e a força da Rainha do Rock para milhões de foliões e espectadores.
Mais do que uma homenagem, esse percurso demonstra como a obra de Rita atravessa linguagens e permanece atual, encontrando espaço tanto na sofisticação do teatro quanto na energia do maior espetáculo popular do planeta.